Marca de nascença no menino Ian é evidência a favor da reencarnação. Assista o vídeo clicando aqui.
Jornal Comunica Ação Espírita | 140ª edição | 07 de 2020.
Por Carlos Augusto de São José
“Ajuntai tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corroem, onde ladrões não roubam. Onde está o seu tesouro, aí estará também o teu coração.”
Mt 7:20-21
O evangelista Mateus conviveu diretamente com o Cristo e foi o único a anotar esta passagem de extremada beleza e complexa significação para os nossos dias, cujo paradigma de felicidade sustenta-se na acumulação dos bens materiais.
A qualidade de vida jamais foi contestada por Jesus ou pelos benfeitores espirituais, desde que não se baseasse no egoísmo. Mais do que um objetivo, é um fim a que todos nos destinamos: a existência digna.
Nos mundos mais elevados, nada falta a nenhum de seus filhos, porque os excessos, a acumulação desnecessária, não são permitidos por seus códigos éticos.
Os que defendem enganosamente e dão legalidade à poupança irrestrita em nosso planeta esquecem-se de que vão morrer. Desconhecem Deus e sua justiça, que lhes cobrará um ajuste de contas. Nesse ajuste, responderão pelos revezes sociais que impuseram a seus irmãos necessitados do que lhes sobra. Serão lembrados de que a má distribuição dos bens materiais produzem inconformação e revolta que, na tela das ações humanas, geram a violência, vitimando a todos, nas cidades e no campo.
Pedimos paz e segurança pública, nas praças e nas ruas, em emocionantes passeatas e discursos inflamados; porém, não aceitamos sequer pequenas perdas no orçamento familiar para socorrer os aflitos de todas as naturezas. Os bancos, em um país miserável como o nosso, registram milhões de cadernetas recheadas de valores. Nada muda!
A velhice atormentada e os incômodos da desencarnação serão ótimos conselheiros. Leon Tolstói era rico e alvo da admiração mundial. No entanto, no crepúsculo da vida, amaldiçoou a própria fortuna que o infelicitava no lar.
Incompatibilizado com a esposa e com alguns de seus nove filhos, fugiu de casa com a filha mais nova, Alexandra. Sob frio intenso e doente, morreu em uma estação ferroviária, pedindo à filhinha, que o compreendia, que proibisse pompa, falação e homenagem seu sepultamento.
Culpou o excesso de bens por sua desgraça familiar. Embora tardiamente, deu razão ao Cristo que mostrou que a única e verdadeira riqueza só o é aquela que se faz na conquista dos bens espirituais. Um dia, aceitaremos a experiência humana como uma bendita escola preparatória para a eternidade e não como um parque de diversões de alegrias passageiras. Cansados de sermos crianças, desejaremos ser adultos.
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