Marca de nascença no menino Ian é evidência a favor da reencarnação. Assista o vídeo clicando aqui.
Jornal Comunica Ação Espírita | 141ª edição | 09 de 2020.
Dia das Crianças
Que fizeste do filho confiado à vossa guarda? (ESE)
Qual o futuro das crianças brasileiras, adultos no presente do amanhã? E qual o futuro do mundo que verá a nossa passagem desalentada por ter que reconhecer o fracasso de não termos melhorado o caminho dos que nos seguiram?
Já não basta vigiar e orar. Já não basta ter olhos e ouvidos de ver e ouvir. É preciso romper com a passividade, ter mãos que trabalham. Quem tiver a luz do conhecimento e a habilidade artística de formar caracteres, torne-se guia, pois somos o sal da terra.
Não basta cuidar das ‘nossas’ crianças. Temos que pensar grande, ver longe e contribuir para a promoção da verdadeira inclusão social e formação moral de ‘todas’ as crianças. Sair do individual e estreito para o coletivo. As ‘nossas’ não são apenas filhos e netos nem tampouco as crianças espíritas.
Fora da educação não há salvação. A proteção, a educação, o preparo para a vida e experiência atual do espírito imortal necessário se faz estender a todos.
São essas crianças que hoje aí estão, dentro e fora dos lares, em caráter de vulnerabilidade espiritual que pilotarão a nave Terra amanhã. São as crianças nossas e as de todos os outros, crianças no mundo, despreparadas para lidar com ele.
Temos que vaciná-las desde a tenra idade contra os contagiosos males que vem de fora. Devemos combater o bom combate para imunizá-las contra os vírus dos vícios e ideologias perniciosas que corrompem almas e degeneram o organismo social. Afinal, o que queremos para o mundo delas, as crianças, e que mundo construiremos, elas e nós, quando para cá regressarmos pelas portas da reencarnação?
O joio já cresceu em excesso e está por toda parte. Passou da hora de ser cortado e lançado às chamas. O joio está nas ruas, nas drogas das esquinas, das praças e nos becos. Joio está na violência consentida, tolerada pela conivência das autoridades que criam e interpretam leis frouxas e descumpridas.
Mas também está no interior de precárias moradias que exsudam miséria e expõem chagas morais. Nem os lares de recursos escapam porque por trás do conforto escondem o descaso, a falta de atenção e carinho, a lei do menor esforço, a permissividade irresponsável.
O joio está nas escolas onde elas, as crianças e os jovens são expostos e coagidos a se submeter à incubação de ideologias deletérias e ao exercício da sexualidade precoce. Depois chegarão às universidades, estas sim, fatalmente contaminadas, especialmente na área das ciências humanas, implodindo o conhecimento e exaltando as lutas em favor de doutrinas utópicas, deturpadas e amplamente marcadas pelo fracasso ao longo da História humana.
O joio está nas manifestações de artistas e muitos outros que apenas se acham, tanto nas expressões adulteradas de seu ofício como quando esgrimem opiniões, não raro, explicitamente a favor da dissolução social.
Com isso estamos perdendo os referenciais do certo e do errado e passamos a transigir com a flagrante inversão de valores em que a ousadia dos maus oprime a inércia dos bons e o próprio excesso do mal parece já não ser suficiente para despertá-los do somo letárgico a que se acomodaram. Bons e honestos se envergonham em aparente minoria.
Cuidemos com as palavras e ao que elas nos conduzem, já nos alertava o mestre lionês. Afirmamos que a doutrina Espírita é progressista. Mas o que os chamados progressistas defendem na atualidade? Conservadorismo, socialismo. Rótulos, muitas vezes perigosos pelo que mostram e pelo que ocultam.
Não precisamos aceitar sem reflexão determinadas linhas de pensamento e modelos de conduta. Uma vez mais o joio está aqui e ali. Fiquemos sempre somente com o trigo. Nossa doutrina é a do Cristo e ela recomenda-nos a tolerância e a fraternidade, sim, mas também que não se dê pérolas aos porcos e que os mortos enterrem seus mortos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo IX, itens 19 a 21 ilumina perfeitamente o nosso caminho quanto ao ato de apontar os erros que prejudicam a coletividade. A crítica construtiva, a discordância e inaceitação do sobejamente errado deve ser combatido às claras e virilmente e não combina com a suposta caridade do silêncio.
As crianças, todas elas, merecem atenção urgente, ações mais que paliativas e isoladas, porém, abrangentes no âmbito da preservação da família, da finalidade de instruir e orientar da escola, da estrutura moral da religião e do amor que deseja e executa sempre o melhor por elas.
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